segunda-feira, 21 de junho de 2010

CARTA RESPOSTA DE MARIO BIGODE

Carta em resposta a calúnia do PCdoB contra Mario Bigode

Por: Mário Martins “Bigode”*
http://mariobigode40anosdeluta.blogspot.com
email: mariobigode40anosdeluta@gmail.com

Na semana passada a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), filiada ao PCdoB, começou a divulgar uma calúnia contra a minha pessoa referente a uma luta política que dei dentro das instâncias do sindicato e que envolvia uma simpatizante de seu partido e jornalista do sindicato. Na assembléia dos trabalhadores da Unicamp de ontem, segunda-feira (21/06), o PCdoB e o PT armaram um circo para me caluniarem taxando-me de machista e racista. Além de tentarem me desqualificar, tinham como objetivo me tirarem o mandato votado em assembléia de participação no comando de greve, o que acabou por não ocorrer, pois a maioria dos presentes ontem reafirmaram a minha participação nesta instancia.
Essa calunia foi armada em meio a uma das mais duras greves que nós, funcionários das três universidades estaduais paulistas, enfrentamos nestes últimos anos, e justamente quando, depois de muitos anos, surgiu na Unicamp embriões de oposições a esta diretoria sindical. Usam como instrumento de seus ataques uma carta escrita pela Jornalista do STU Fernanda de Freitas, em que esta me acusa levianamente de atitudes discriminatórias e ofensivas. Como ficará claro nesta minha carta, trata-se de uma luta política no qual eu estava cumprindo o meu dever delegado pela assembléia dos funcionários da Unicamp.
Portanto, escrevo esta carta para esclarecer os fatos e continuar minha luta contra a burocracia sindical e governista.


1. Porque a virulência da Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp, ou seja, do PCdoB?

1. Há anos que me oponho à burocracia, ao imobilismo e à traição às reivindicações e movimentos dos trabalhadores. A Diretoria do sindicato que está aí há quase duas décadas finge encaminhar as lutas, mas na verdade quase nada faz e ataca quem a faz.
2. Nesta greve, no ato na Reitoria do dia 26 de junho, quando da ocupação do Conselho Universitário por parte dos funcionários e estudantes das três universidades estaduais paulistas, fui eu quem propôs uma nota de repúdio à traição da Diretoria do Sindicato, que abandonou os funcionários da Unicamp na frente da Reitoria. Esta nota, que foi aprovada por maioria absoluta da assembléia, repudiava a nota da Diretoria do STU que dedurou o Sintusp para a polícia, a reitoria e os jornais patronais como culpados pela ocupação da Reitoria.
3. Em todos os atos públicos continuei denunciando este papel nefasto da Diretoria do STU contra nosso movimento estadual de greve. E se os Reitores e o governo estadual atacam o Sintusp, esperava-se do STU a defesa deste importante sindicato de luta e não ser mais um a atacá-lo.
4. Fui eu também, nesta greve, a questionar o STU e a CTB, central a qual o STU é filiado, do porque que no meio de uma greve deslocaram vários militantes e recursos financeiros para um comício de cinco centrais sindicais no Pacaembu no dia 1 de junho para apoiar a candidatura de Dilma Roussef, transformando nossa justa greve em palco eleitoral.
5. Junta-se a isso minha crítica de décadas do papel do PCdoB no sindicato, que privilegia acordos de cúpula e com a Reitoria, e se ausenta das lutas cotidianas dos trabalhadores.
6. Por fim, não me cansarei de denunciar o PCdoB na diretoria do STU que jamais fez uma luta consequente contra a terceirização na universidade, processo que vem destruindo a nossa categoria. Esta ausência reflete sua posição corporativista de não defender estes trabalhadores precarizados que são na sua grande maioria mulheres e negras. Acaba, portanto, sendo conivente com esta superexploração.

Todos da Unicamp sabem que eu sempre lutei para que esta fosse a política central do STU. É um combate que devemos fazê-lo todos os dias, pois há humilhação a estes trabalhadores a ser combatida todos os dias, além das demissões a serem impedidas. Mas precisamos dar também uma resposta a estes trabalhadores terceirizados. Por isso que hoje eu defendo, igual à política do Sintusp, a luta pela incorporação imediata de todos estes funcionários no corpo da universidade. Mas o PCdoB, incrustado há décadas na Diretoria do STU, dorme no berço esplêndido da burocracia sindical, olhando o processo de precarização do trabalho na universidade passar.

Anos após anos faço tais denúncias sem muitas respostas por parte da diretoria do sindicato. Então, porque hoje o PCdoB orquestra este ataque contra mim, já que faz anos que critico este sindicato através do meu direito enquanto filiado? Foi justamente agora em que resolvi me organizar com outros trabalhadores e estudantes numa organização revolucionária, não sindicalista, que luta contra as burocracias sindicais e o governo traidor de Lula – o qual o PCdoB apóia e se beneficia de um Ministério e de vários cargos neste governo do PT - é que o PCdoB resolveu atacar, inventar denúncias para tentar apagar mais de 40 anos de lutas. Lutas contra a ditadura, os governos e contra os burocratas sindicais e os patrões.

2. Sempre lutei contra a burocracia sindical e continuarei lutando.

1. Desde 1988 defendo na Unicamp que num sindicato não burocrático e classista tem que ser os militantes aqueles que escrevem os seus boletins. Também defendo que é inconcebível ter jornalistas, gente de fora da luta e pagos pelo dinheiro dos associados, escrevendo textos que parecem diários oficiais das diretorias ou verdadeiros panfletos eleitorais e auto-promocionais. Defendi e defendo ainda que os boletins dos sindicatos não burocráticos e classistas devem expressar a luta dos trabalhadores e serem escritos pelos trabalhadores em luta, que devem se capacitar para isso, para expressar com fidelidade, vibração e entusiasmo as políticas e reivindicações que saem das reuniões, assembléias e comandos. Isso explica este ataque despolitizado que estes jornalistas do STU me fazem agora numa campanha orquestrada com a Diretoria do Sindicato.
2. Sobre a jornalista em questão, é importante deixar claro que ela mantém laços estreitos com o PCdoB, mesmo partido da maioria da diretoria do sindicato. Portanto, não se trata de uma funcionária qualquer, mas de uma militante política. Por isso não posso aceitar que ela utilize sua posição de “funcionária” do sindicato para dizer que apenas cumpria ordens. Essa situação evidencia a burocratização do STU. Todos sabemos que a estrutura sindical brasileira tem um forte atrelamento com o Estado e, pela via do imposto sindical, consegue manter uma camada de diretores “profissionais” que, em muitos casos, não possuem relação com a categoria. Mais, com esta estrutura, arranjam empregos para seus partidários.
3. Também faz parte de minha trajetória contra a burocracia sindical minha oposição a que sindicatos tenham um monte de serviços assistenciais, quando na minha concepção sindicato é para lutar e não substituir as repartições públicas fazendo convênios, prestando serviços e substituindo o Estado. Minha posição é que os sindicatos devem lutar todos os dias para unir os trabalhadores e fortalecer as suas lutas. Qualquer um notaria que um sindicato de luta não burocrático necessitaria de poucos ou nenhum funcionário.
4. Mas todos os sindicatos burocratizados têm muitos funcionários para servirem a interesses dos partidos que os aparelham. Isso é inaceitável!


3. A deformação dos fatos, um velho método stalinista.

É necessário ressaltar que a disputa em torno do Boletim do Sindicato deve-se ao fato de que anos após anos a vanguarda dos funcionários da Unicamp não concorda com a forma e conteúdo do boletim do sindicato. Durante a greve, esta vanguarda não tem confiança na fidelidade do que será publicado. Por exemplo, quando saiu o aumento diferenciado dos professores, por coincidência havia uma assembléia marcada no dia posterior. Esta decidiu que a luta central seria pela isonomia salarial. Porém, o boletim do STU que saiu no dia seguinte tinha apenas uma pequeníssima nota. A vanguarda dos funcionários ficou enfurecida! Mesmo assim, a questão da isonomia só veio a sair com destaque no boletim no meio da greve, mais de um mês após esta assembléia ocorrer. Ou seja, decisões de assembléia que não agradam a diretoria do sindicato são solenemente ignoradas no boletim.

E poderíamos dar inúmeros outros exemplos como este.

Portanto, foi devido a estes desrespeitos sistemáticos com a base dos trabalhadores que numa das primeiras assembléias desta greve eu fui indicado pelos próprios funcionários e aclamado na assembléia para fazer parte da Comissão do Boletim. O motivo desta indicação, sem que eu ao menos me propusesse, foi que sou conhecido há anos por combater a burocracia sindical e estas distorções.

Na carta divulgada pela jornalista Fernanda de Freitas, ela diz o seguinte sobre o boletim:

“Mario Bigode alegou que a matéria não poderia ser publicada no boletim do STU porque o mesmo só traria informações sobre a greve não devendo ser divulgado nada além da greve, ou que diz respeito à atuação da diretoria ou das ações do Sindicato.”

Esta foi uma decisão de assembléia da qual ela mesmo confirma em sua carta logo em seguida:

“Mario Bigode, em um tom muito alto, disse que já tinha dito isso muitas vezes e que, mesmo assim, eu continuava publicando matérias que não são da greve por desrespeito às deliberações do Comando de Greve.”

Em primeiro lugar, neste momento da nossa discussão não levantei o tom da minha voz. Isso só aconteceu quando, mesmo com a insistência do diretor Marcílio para que ela mudasse o boletim, ela se recusou a cumprir as decisões do comando de greve dizendo que não refaria o boletim. Neste trecho de sua carta a jornalista mais uma vez tenta transformar o embate político que tivemos numa questão de assédio, destacando o “tom muito alto”, quando que na verdade o que estava em jogo, e isso a própria carta da jornalista deixa claro quando a lemos com atenção, são as decisões do comando de greve. E um Comando de Greve, na minha concepção, é um comando de guerra contra os patrões.

A jornalista Fernanda de Freitas também afirma que Mário Bigode:

“entrou em contato com o diretor Marcílio Ventura onde fez um relado do problema e em alto e bom tom me chamou de mentirosa e desleal.”

Vamos esclarecer as verdades dos fatos, pois a jornalista inverte a ordem dos acontecimentos em seu texto. Primeiro: os textos decididos em Comando de Greve, cuja mesa era presidida pelo diretor Marcílio Ventura, foram levados ao sindicato às 11h30 e corrigidos entre eu e este diretor. Os textos eram: 1) uma Chamada para o Ato de 16 de junho, que o Comando deliberou que deveria ser um texto chamativo e com as palavras de ordem bem destacadas, proposta por uma companheira da educação; 2) um texto sobre a ocupação da USP que deveria mostrar que o reitor Rodas acenava para a negociação; 3) um texto narrando a grande vitória dos estudantes da Unesp de Marília contra a terceirização.

Quando fomos entregar os textos, eu e Marcílio, a jornalista disse que eles não caberiam pois o verso do boletim já estava diagramado por ela. Neste momento, o diretor Marcílio a convenceu que deveria rediagramar o boletim, pois era uma decisão do comando ter os três textos. É importante destacar que a jornalista não impôs qualquer objeção neste momento da discussão. Assim, crente que estava tudo certo, eu fui embora.

Depois de ter almoçado, zelando pela exigência do Comando e escaldado pela experiência de que os acordos várias vezes não foram cumpridos, retornei ao sindicato para ver o resultado final do Boletim. Foi neste momento que vi que a jornalista não só não tinha cumprido o que acordara comigo e Marcílio, como desfigurou os textos, fundindo dois de conteúdos diferentes num só, com letras minúsculas para caber na frente do boletim. Isso era exatamente o que o Comando tinha alertado para não acontecer. E, no verso do boletim, a nota de Marília ocupava um minúsculo espaço para que coubesse em dois terços da página o resultado da consulta para o Superintendente do Hospital, algo que ninguém nunca discutira no sindicato, no comando e nem na greve. Ou seja, uma matéria completamente desimportante que só nos faz pensar que tinha como objetivo ofuscar e diminuir a importância da greve e das nossas conquistas. Lembremos que neste momento a diretoria do Sindicato já tinha assumido uma posição contra a greve e vinha fazendo campanha contra ela nas unidades, mesmo sua posição sendo rechaçada em assembléia.

Foi neste momento que entrei em contato por telefone com o diretor Marcílio, muito nervoso, em altos brados, completamente indignado, relatando que a jornalista mentira para mim e tentara me enganar, fingindo concordar com tudo, mas fazendo outra coisa. Marcilio então, pediu para que o telefone fosse passado para a jornalista e aparentemente tenta convencê-la de readiagramar o boletim como tínhamos combinado. Aqui ela responda: “não farei, pois tenho que entregar às duas horas na gráfica e vai começar o jogo do Brasil”. Diante da recusa intransigente dela, virei as costas e fui embora.

Afirmo que em nenhum momento tive uma atitude discriminatória ou ofensiva com a jornalista Fernanda de Freitas. Como era meu dever de delegado da assembléia, apenas defendi – de forma exaltada frente às seguidas negativas da jornalista em realizar a deliberação do comando de greve - que o boletim expressasse o que havia sido votado no comando. No interior do Sindicato até a saída, com cada diretor que encontrei (Alice Cherubim, Margarida Barbosa e Afonso Celso Von Zuben), reclamei em alto e bom som que ela havia mentido para mim, tentando me enganar e que eu relataria isso ao comando e a assembléia, pois era o meu dever. No outro dia, vi que o Boletim saira completamente mal diagramado, com vários erros, apesar de manter os textos originais propostos pelo Comando.

Quanto aos adjetivos e frases atribuídas a mim quero mais uma vez ressaltar que são todas invenções, calúnias contra minha pessoa, para esconder o grave desrespeito ao Comando de Greve e a Assembléia. É uma velha prática que este partido, o PCdoB, de tradição stalinista, faz contra os lutadores que divergem de suas posições.


2. É importante ressaltar que quando se elegeram os nomes para a Comissão de Imprensa da greve o diretor João Raimundo “Kiko” se propôs a participar, mas jamais compareceu em qualquer reunião de fechamento do boletim. Ou seja, desrespeitou a assembléia e os demais membros da comissão. No entanto, era ele quem dirigia burocraticamente e de longe os textos do boletim como confessa a própria jornalista.

É parcialmente verdade o que afirmou em carta:

“É de conhecimento de todos que sempre que pode, Mario Bigode sobe ao plenário em Assembléia para reclamar do conteúdo do boletim. Critica a qualidade do material, a falta de “conteúdo agitativo”, o marasmo dos textos e que as informações sobre o Sintusp ou a greve de outras categorias são omitidas. Ressalta que, enquanto os outros sindicatos estão se mobilizando e trocando informações o boletim do STU não reflete esse momento. Diz que a falta vivacidade do movimento se dá pela falta de “conteúdo agitativo” nos boletins. Mesmo sendo membro da Comissão de Imprensa ele não perde a oportunidade de atacar os materiais de imprensa produzidos pela imprensa do STU, da qual sou
funcionária e colaboro para a produção.”

Quero frisar que sou da comissão apenas no momento de greve e reclamo insistentemente quando o conteúdo é mudado depois de ter sido acordado na comissão de imprensa e quando são publicadas matérias que nada tem a ver com a greve. Foi exatamente por criticar desta maneira o boletim do sindicato que os trabalhadores me indicaram para a comissão de imprensa. Ressaltando ainda que no período de greve nenhum trabalhador ou grupo político reclamou do conteúdo do boletim. Muito pelo contrário, elogiaram a fidelidade com que o boletim reportou as decisões do comando, que reflete a minha luta política. As reclamações que houveram foram sobre matérias introduzidas pela diretoria de conteúdos filiados ao PCdoB. Nas assembléias da greve reivindiquei mais de uma vez que os outros membros da comissão de impressa cumprissem o seu mandato e participasse dos fechamentos de boletins. Também cheguei a propor que a jornalista participasse das assembléias, pois problemas como este que estou relatando aqui são cotidianos.

3. Sobre a minha crítica ao Sindicato dos jornalistas, ela relata em sua carta:

“há pouco mais de 15 dias – antes de começar a reunião do Comando de Greve (no auditório do IFCH) – durante uma conversa informal sobre o papel do Sindicato, a importância e as dificuldades no processo de construção de uma greve, entre outros assuntos correlatos, falei que também era sindicalista – que era diretora do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo. Ele disse em tom de deboche que o Sindicato dos Jornalistas tinha um bando de “pelego” e que eu era uma “peleguinha do Sindicato”. Disse ainda “seu sindicato não faz greve há décadas porque os diretores são todos puxa-saco da mídia elitista e burguesa, um bando de pelegos”. Agressão gratuita pura!”

Mais uma vez relato o fato verdadeiro: estávamos no corredor do IFCH esperando a reunião do comando e eu criticava que o comício ocorrido no Pacaembu era uma traição a greve, pois achava ser um absurdo fazer este comício eleitoral no meio da greve. O que ela me disse era que eu não deveria criticar isso pois deveria respeitá-la já que o sindicato dela era filiado a CUT. Eu retruquei dizendo que se era filiado a CUT, ele era governista, apoiando um governo que manda tropas para invadir o Haiti, tropas essas que estupram mulheres negras haitianas.


4. É fundamental seguir lutando contra a burocracia sindical e os governistas

O PCdoB é um partido anti-operário, burocrático e stalinista. Um partido que compõe um governo que vem, entre outros ataques, defendendo exaustivamente o fim do direito de greve, através do corte de salários. Para chegar a seus objetivos seguem com sua política de colaboração de classes. Por isso tenta fazer dos sindicatos que controlam como o STU, um aparato governista. Fingem lutar apenas para enganar e manter o controle. Mas no fundo, como demostrou sua nota contra o Sintusp, são aqueles que dentro do nosso movimento combatem os mais combativos e revolucionários.

Não possuem, na verdade, nenhuma solidariedade de classe, nem cultura de democracia operária. O método do PCdoB é a violência contra os opositores, com calúnias e difamações. O que fazem hoje contra mim é apenas um dos seus métodos de ataque à oposição. E não é de hoje! Muitos da Unicamp vão se lembrar que um militante da oposição a direção do STU, em 2004, foi processado pelos mesmos motivos que eu estou sendo acusado hoje. Quem abriu o processo? As jornalistas do sindicato!

É mentira e golpe, portanto, a denuncia leviana de que minha defesa intransigente da decisão do conjunto dos trabalhadores em greve possa ser considerada um caso de machismo ou discriminação de qualquer tipo. Acredito que cotidianamente é necessário lutar contra todas as pressões que existem na sociedade que podem levar os homens, mesmo os militantes e revolucionários, a terem atitudes opressivas com companheiras mulheres, e que nós reivindicamos essa tradição e estamos abertos a fazer qualquer debate nesse sentido. Entretanto, a verdadeira luta contra a opressão às mulheres, sobretudo negras, dentro da universidade é a luta contra a terceirização e pela incorporação dos terceirizados (em sua maioria mulheres e negras) sem a necessidade de concurso público, luta que não somente foi abandonada pela direção do STU como é diretamente boicotada, tendo sido a minha pessoa o principal pólo de resistência desta luta da mulher trabalhadora nos últimos anos.



Assim, chamo a todos que conhecem a minha história de militância e a minha pessoa a se solidarizarem em minha defesa, contra um golpe que o PCdoB quer dar sobre mim para desfocar a sua atuação criminosa na greve, como vem sendo prática em todos os anos.

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*Quem é Mario Martins “Bigode”:
Mario Martins, conhecido como Mario Bigode, é trabalhador da Unicamp desde de 1981. Durante os anos 1970 foi metalurgico e dirigente da greve de 1979 em Campinas. Na Unicamp sempre lutou em defesa dos funcionários, contra a reitoria e os governos. Há anos vem fazendo oposição a atual diretoria governista do Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU). Hoje milita nas fileiras da Liga Estratégia Revolucionária - Quarta Internacional.

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