quinta-feira, 24 de junho de 2010

Apoio de Val Lisboa do Jornal Palavra Operária

Caro Mario,
o conheço há poucos meses, mas sinto que sua carta e a defesa que muitas mulheres e homens honestos e combativos fazem de você contra mais uma calúnia estalinista são a prova de que meus instintos de consideração por um velho militante classista e revolucionário, que enfrentou corajosamente a ditadura militar, sem se entregar, e segue enfrentando a "democracia dos ricos", sem atravessar o Rubicão, têm base real. Ser caluniado e perseguido por ex-estalinistas (antes estavam atrelados a um estado burocratizado por uma casta que extraia seus privilégios da revolução operária)que agora não passam de agentes burgueses diretos (estão no governo capitalista, atacam a classe operária e a massa camponesa e pobre, atrelam os sindicatos e organizações operárias, estudantis e democráticas aos interesses da conciliação com a nefasta burguesia brasileira e os monopólios internacionais), financiados pelas grandes empreiteiras como Andrade Gutierreza, Camargo Correa e Cia., tendo em seu principal parlamentar (deputado federal Aldo Rebelo)a figura do agente dos desmatadores de florestas, dos latifundiários, dos destruidores do meio ambiente, por haver sido o relator do Código Florestal negociado diretamente com o agronegócio, transformando um ex-comunista (estalinista, que seja) num lobbista do agronegócio e dos monopólios capitalistas. Siga em frente, querido Mario, pois você faz parte da tradição dos revolucionários, como Trotsky e os trotskistas, que não se entregaram nem à burguesia, nem ao Estado burguês, nem ao imperialismo, sustentando a esperança de um futuro livre da opressão capitalista, portanto, livre do racismo e da opressão das mulheres e minorias. O futuro nos pertence. Aos coveiros da revolução (como Trotsky acertadamente nominava os estalinistas) seguiremos lado a lado com a classe operária e todos os verdadeiros democratas (anticapitalistas, portanto) para defender os interesses das massas, intransigentemente, seja contra as botas das ditaduras militares ou os cantos-de-sereia da democracia burguesa (para os ricos, tudo, aos pobres e lutadores, a lei, isto é, a repressão e coerção, opressão, exploração e miséria).Um forte abraço, de um amigo e camarada que muito tem a aprender com você.
VAL LISBOA

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